Preconceito e desinformação: se livre deles e combata o alcoolismo

O consumo excessivo de álcool é uma das doenças mais comuns no Brasil. Relacionado a 3 milhões de mortes no mundo só em 2016, segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde, o alcoolismo também é um problema de saúde nacional. O mesmo documento mostra que 4,2% dos brasileiros sofre com transtornos relacionados a esse hábito nocivo.

Porém, existe muito preconceito em torno da doença, o que torna seu combate ainda mais difícil. Entenda melhor o alcoolismo e saiba como se livrar dele ou ajudar aqueles que precisam.

O que é o alcoolismo?

A maioria das pessoas tendem a enxergar que a pessoa que tem problema com a bebida alcoólica, o tem por falta de caráter. Porém, o alcoolismo é a incapacidade de controlar a ingestão de álcool devido a dependência física e emocional. E pode atingir qualquer pessoa.

Quais os sintomas do alcoolismo?

A linha entre o consumo social e o abusivo é tênue e dificilmente a dependência é notada por quem bebe.

Uma das características do alcoolismo é a convicção de que se pode parar de beber quando quiser, de que se está no controle da bebida, mas a realidade é bem diferente. Confira os principais sintomas:

  1. Compulsão: necessidade forte ou incontrolável de beber;
  2. Dificuldade de controle: não conseguir parar de beber depois de ter começado;
  3. Sintomas de abstinência física, como: náusea, suor, tremores e ansiedade;
  4. Tolerância: necessidade de doses maiores de álcool para atingir o mesmo efeito obtido anteriormente;

Qual o tratamento para o alcoolismo?

Reconhecendo o problema

O alcoólatra tem muita dificuldade em reconhecer que está doente e que precisa de tratamento. Isso dificulta ainda mais o processo de recuperação. O primeiro passo é mostrar que ele deve procurar ajuda, fazendo-o entender a gravidade do seu problema e os riscos causados por ele.

Tire todas as bebidas de casa

Seja você o dependente ou o familiar de um, é preciso se afastar do álcool. Afinal, mesmo que você não seja alcoólatra, beber na frente do seu ente querido ou deixar as bebidas à mostra não ajudará na recuperação. Portanto, não compre ou traga bebidas para dentro de sua casa. Se for o caso de receber visitas, sirva-as com refrigerantes, sucos, etc.

Evite ambientes onde terá fácil acesso ao álcool

Pode parecer uma decisão um pouco cruel no começo, mas é necessária. Frequentar um ambiente totalmente propício ao consumo de álcool, onde a bebida circulará livremente irá dificultar muito o processo de combate ao alcoolismo.

Opte por passeios que não coloque em risco sua recuperação. Às vezes pode ser necessário se afastar de alguns amigos por um período, mas se manter longe do álcool é importante para quem está em tratamento.

Procure atendimento especializado

Umas das decisões mais importantes para combater o alcoolismo é procurar ajuda médica, encontrar alternativas que facilitem esse percurso e que garantam a efetividade do tratamento.

A melhor forma de conseguir isso é através de uma clínica especializada em tratamentos para dependentes do álcool. Procure eliminar os mitos da mente do seu familiar, incentivando sempre que ele se voluntarie para conhecer o espaço e aceite se tratar com profissionais qualificados.

Como funciona o tratamento?

O tratamento envolve terapia ou aconselhamento por um profissional de saúde. Um programa de desintoxicação em um hospital ou clínica médica também pode ser uma opção para aqueles que necessitam de mais assistência. Há medicamentos disponíveis que reduzem a vontade de beber

Há também linhas diferentes de buscar solução para o problema, como o A.A., por exemplo. Procure a organização mais próxima de você e comece agora mesmo seu tratamento na luta contra o alcoolismo.

Dados sobre o consumo de álcool:

  • Segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), feita pelo Ministério da Saúde, em 2016, a frequência do consumo abusivo de bebidas alcoólicas foi de 19,1%, sendo cerca de duas vezes maior em homens (27,3%) do que em mulheres (12,1%). Considera-se uso abusivo quem ingeriu de quatro a mais doses para mulheres, ou cinco a mais doses para homens, em uma mesma ocasião dentro dos últimos 30 dias antes da pesquisa.

 

  • O aumento no percentual de brasileiros que combinam álcool e direção também foi demonstrado pela pesquisa Vigitel. Em 2016, 7,3% da população adulta das capitais brasileiras declararam que bebem e dirigem. No ano anterior, o índice foi de apenas 5,5%. Um aumento de 32%, em apenas um ano, segundo o Ministério da Saúde.

 

  • De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o uso nocivo do álcool é um fator causal para mais de 200 doenças e condições de lesão. No mundo, 5,1% da carga global de doenças e lesões é atribuída ao álcool.

 

Agora que você já entendeu melhor o alcoolismo, sabe que ele é uma doença grave, porém que tem cura, que tal começar a se ajudar ou buscar ajuda para aquele amigo ou parente querido que precisa se livrar dele?