Vigilante: essa carreira vale a pena o risco?

O segmento de segurança privada teve um expressivo crescimento em 13 anos. de 2002 a 2015, o faturamento do setor no Brasil cresceu de 7 para 50 bilhões de reais. Porém, o momento ruim que vive a economia tem seus reflexos na atividade do setor. Apesar disso, devido ao seu crescimento, se tornou uma opção para diversos profissionais que buscam uma oportunidade na área.

Porém, alguns fatores devem ser levados em consideração na hora de escolher essa profissão. No artigo de hoje, confira quais as funções e os ganhos de um vigilante e se vale a pena, ou não, o risco da carreira.

Função

O cargo de vigilante requer grande responsabilidade. Sua função é defender a sociedade, prevenindo riscos, protegendo locais, patrimônios e pessoas de possíveis ocorrências criminosas.

É também responsabilidade de um Vigilante executar rondas nas dependências da empresa, áreas e vias de acesso adjacentes, identificando qualquer movimento suspeito e tomando as medidas cabíveis – conforme norma da empresa -, inspecionar as dependências, para evitar roubos, entrada de pessoas estranhas e outras anormalidades, proteção dos postos de serviço, prestar atendimento pessoal, deliberar pequenos problemas e demais atividades pertinentes à função.

Salário e carga horária

A média salarial de um vigilante dependerá do porte da empresa e do nível de experiência do profissional na área. Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Banco Nacional de Empregos (BNE), nos últimos doze meses, o salário inicial bruto de um vigilante está em torno de R$1.028,37 (em uma pequena empresa) e R$1.480,84 (em uma empresa de grande porte), bruto, sem a inclusão de benefícios. É importante lembrar que o piso salarial varia de estado para estado, definido em convenção coletiva do sindicato da categoria.

Com o adicional de periculosidade são adicionados 30% ao valor final do salário. O vigilante terá esse direito quando trabalhar em locais com condições insalubres ou perigosas. Se o cargo for para o período da noite, entre os horários de 22h e 5h, o trabalhador também deve receber 20% de adicional noturno.

Atualmente, a carga horária para o vigilante é de 30 a 40 horas semanais, mas essa jornada depende da região de atuação. Na maioria dos Estados, consta o número de seis horas diárias.

O mercado de trabalho é diverso, podendo ser realizado em shoppings, órgãos públicos, empresas privadas, centros de distribuição, instituições de ensino, organizadoras de eventos, dentre outros.

Capacitação

Apesar do crescimento da área, o mercado de vigilantes está extremamente concorrido. Porém, se o seu objetivo é seguir tal carreira, você precisa se capacitar para se destacar. O primeiro e passo é fazer um curso de vigilantes, que atenda a regulamentação federal. (os requisitos de 18 anos e antecedentes é obrigatório do curso). Dedicar-se ao treinamento de forma adequada serve como garantia de segurança do próprio vigilante e das propriedades físicas de quem contrata esse serviço.

Mas isso é apenas o básico. Para não ser apenas mais um na multidão, o profissional deve investir em cursos específicos de extensão, fazer uma especialização na carreira de vigilante, como em segurança pessoal privada, escolta armada, transporte de valores e em segurança de grandes eventos.

Para um reconhecimento ainda maior, você pode ainda se formar tecnólogo em Gestão de Segurança Privada. Disponível em várias instituições de ensino superior, o curso é de formação ampla, para que os futuros profissionais possam atuar nas mais diversas áreas da segurança.

O curso de vigilante atrai muitos profissionais à procura de um salário maior e com interesse na área de segurança. Se você está disposto a se dedicar e se capacitar, vale a pena assumir os riscos e se dedicar a uma carreira como vigilante.